Viajava no comboio de Moçamedes para o Lubango. Em comparação com os actuais bitolas e composições de que destaco o TGV, aquele meio de transporte era da idade da pedra. Em plena serra da Chela, bufava vapor por todos os lados, mas era tão lento, tão lento, que se podia descer, ir ao restaurante situado ao meio dela, beber uma “cuca”, e voltar a apanhá-lo.
Não estou a inventar. Era mesmo assim. Á frente, a máquina tinha, como todas, um farol. Mas o desta não tinha lâmpada eléctrica, antes um candeeiro que queimava carbureto e iluminava quase dois metros à frente.
Era uma anedota e dava mesmo para contar histórias sobre as épicas viagens. Mas era o que havia em termos de iluminação. Além do carbureto, o candeeiro a petróleo e, mais tarde, apareceu o petromax e o aladino. A vida era assim, mas vivida com alegria.
"Se o nosso espírito pudesse compreender a eternidade ou o infinito, saberíamos tudo. Até podermos entender esse facto, não podemos saber nada."
Fernando Pessoa
10 novembro 2020
A carbureto...
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