O Ruca, quando nasceu, ficou como que imediatamente enjeitado e desamparado. Entregue praticamente à Custódia, nossa empregada, filha do Duma, cozinheiro, por acaso muito estimada, cresceu nas suas costas. Tanto a sua mãe como, logo a seguir, o seu pai ficaram irreversivelmente doentes. Cresceu, assim, sem o amparo, o carinho ou o colo da sua mãe. As singularidades que o marcam ( a insegurança, o medo e a timidez ) resultam dessa infância desprovida do apoio materno. O braço forte do pai não foi suficiente para suprir todos os seus medos e temores.
Hoje, sabemos das descriminações de que foi vítima durante a sua infância; dos insultos que ouviu enquanto miúdo; das humilhações que sofreu.
A sua irmã mais velha cuidou dele. Deu-lhe o que pôde, essencialmente liberdade.
"Se o nosso espírito pudesse compreender a eternidade ou o infinito, saberíamos tudo. Até podermos entender esse facto, não podemos saber nada."
Fernando Pessoa
12 outubro 2020
É o Osvaldo...
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