20 outubro 2022

Homo homini lupus ...

 Mas não foi só o Marcelo que teve uma atitude branqueadora. Já no século XV, mais precisamente em 1487, o rei D. João II perdoou a morte ao padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, por ter concebido 299 filhos em 53 mulheres, desde afilhadas (29), irmãs (5), comadres (9), amas (7), escravas (2), tia (1) e a própria mãe.

Livrou-se de uma sentença pesada: "... será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos em quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou."

E qual foi o argumento:

El-Rei D. João II :

"Perdoou a morte e mandou-o em liberdade aos dezasete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo."

Vidé:(Arquivo Nacional da Torre do Tombo).

Nem posso comparar este prior com Tchikuteny, patriarca do Namibe, em Angola, porque este era polígamo, e de acordo com as tradições teve 42 mulheres e povoou Namibe com 243 filhos, 250 netos e 45 bisnetos. Tudo legalmente e de acordo com o direto consuetudinário.

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