02 julho 2010

O princípio do Coelho (2)

Ningém quer correr riscos. Mas, mesmo que se erre, deve-se tentar, pois o erro é educativo. Alguém, agora, criou o princípio do “Coelho”. Tal e qual como existe o princípio de “Peter” ou as conhecidas leis de Murphy. Para exemplificar essa incapacidade em muitos sectores, conta-se o seguinte história:
“ Um mancebo, de seu nome Manuel, apresentou-se num quartel para iniciar a vida militar para a qual foi recrutado. Recebeu-o o cabo de serviço e logo começou a preencher uma ficha:

Então, meu rapaz, como te chamas ?
-Eu chamo-me Manuel.
-Então Manuel, como se chamam os teus pais ?
- Joaquim e Maria.
-Muito bem: Joaquim e Maria. Olha lá ? Onde nasceste ?
- Em Freixo-de-Espada à Cinta!
Olha esta ! E o que é que fazes, pergunta-lhe o cabo ?
-Sou bloqueiro.
-Bloqueiro, diz o cabo com admiração. Ah! Bloqueiro. Olha aguarda aí um minuto que vou ali falar com o nosso sargento.
O cabo foi ao gabinete do sargento e diz-lhe: Dá licença meu sargento ? Entra. O que te traz por aqui. O cabo descreve-lhe a situação: É que está ali um recruta e diz ser bloqueiro ! Bloqueiro, interroga-se o sargento. Vamos lá vê-lo.
Então rapaz, sei que te chamas Manuel és de Freixo-de- Espada à Cinta, não é verdade ? Sim, meu sargento. E o que é que na verdade fazes lá na terra? Sou bloqueiro, responde-lhe o Manuel!
Ah! Pois, pois. Bloqueiro.
O sargento retira-se por momentos e vai ao gabinete do capitão de dia. Dá-me licença meu capitão? Com certeza, nosso sargento. O que o traz aqui. Ora, temos um problema! Está ali um recruta que diz que a sua profissão é bloqueiro. Bloqueiro, diz admirado o capitão!. Vamos lá vê-lo.
Vira-se o capitão para o recruta e com a ficha meia preenchida na mão, diz-lhe : então tu és o Manuel, nascido em Freixo de Espada à Cinta e és filho do Joaquim e da Maria. Não é verdade ? É sim, meu capitão, responde-lhe o mancebo.
E na verdade o que é que fazes no dia a dia ? Sou bloqueiro. Bloqueiro !Diz admirado o capitão. Ah! Sei, bloqueiro! Pois, pois. Bloqueiro. E saiu dali esbaforido, dirigindo-se ao gabinete do coronel, comandante do batalhão. Oh! Meu coronel, temos um bico de obra. Não é que está aqui no quartel um bloqueiro ! E o que é isso ? É uma profissão, meu coronel !
Oh!Nosso capitão: chame lá o rapaz e trá-lo à minha presença. Sim, meu corronel, é para já. E lá foi apresentado o Manuel, desta vez ao coronel, o qual lhe fez as mesmas pergunta s. Então és bloqueiro ? Sim, meu coronel. E do que é que precisas para trabalhar ? De apenas uma celha com água e uns paralelipipedos. Só. Sim, meu coronel. Então, nosso capitão, dê ordens para se colocarem os objectos indicados na parada. Sim, meu coronel.
O capitão vai ter com o sagento e diz-lhe para providenciar. O sargento, dirige-se ao cabo de dia e manda-o arranjar os objectos determinados e, por sua vez, o cabo chama um soldado e diz-lhe para colocar no meio da parada a celha com água e as pedras.
Cumprida a ordem, o soldado comunica ao cabo, o qual leva a notícia ao sargento e este ao capitão que inform o coronel.
Na parada, além dos aparelhos, estava todo o batalhão, pois a estória já tinha passado.
Chega o coronel e diz para o novel recruta: Então começa lá a trabalhar. O Manuel, agarrou num paralelipipedo e largou-o para dentro da celha, o qual, ao precipitar-se na água fez“bloque”. Atirou outro que também fez "bloque".Era bloqueiro!

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